PTG 100 - a mítica, a maior, e apesar da dimensão gigantesca melhor do que a maior parte das maratonas, isto no que à organização se refere. Apesar de só ter passado uma semana e dois dias da queda que me impossibilitou de participar em Alte, sentia-me bastante melhor. Assim, decidi deslocar-me até à capital do BTT e ver se conseguia fazer a prova na sua totalidade, que este ano se sabia mais difícil do que no ano anterior. Eu e a Lena fomos ficar a Castelo de Vide, perto o suficiente para demorar pouco tempo até Portalegre.
Acordei sem grande motivação (não faço ideia porquê...), mas depois de um bom pequeno-almoço lá fomos. Últimos preparativos, despedidas (a Lena ia para os abastecimentos), e lá fui para o meio da molhada. Por fim lá se ouviur a partida a ser dada - este ano só demorou cerca de 2m até começar a empurrar a bicicleta, o ano passado estava mais atrás, demorou 4... Lá fomos por alcatrão pelas rotundas, depois pelo IP2, entrámos novamente na cidade, e iniciámos a tradicional subida de alcatrão para sair da mesma. Andei muito forte no IP2, e na subida fui a um ritmo rápido, mas que não me provocasse um desgaste para lá do desejado. Para minha surpresa, a separação era feita no cimo da subida, o que se veio a revelar uma pena, mais tarde. Entrámos em TT, e o percurso começou a descer. Algumas descidas com alguma pedra, pessoal menos afoito a impedir a progressão normal, e parece que começamos a não saber descer. Lá se vai dando os primeiros sacões e esticões, e começo a sentir as dores a voltarem ao ombro. Mais uma parte rolante, mais umas subidas mais umas descidas, e a situação vai-se deteriorando relativamente depressa. Como me tem acontecido ultimamente, começo a ter problemas digestivos com a alimentação - bolas, não há maneira de acertar no que me anda a fazer mal, se as barras, os sais ou o gel...
1º abastecimento, aproveito para beber água e falar por breves segundos com a Lena. Arranco novamente, e agora os problemas estomacais agravam-se repentinamente, talvez por ter bebido demasiada água em tão pouco tempo. Os kms vão decorrendo, passam-se uns quantos ribeiros, um single aqui, outro ali. O ombro cada vez está pior, e os maus sinais começam a aparecer, a verificação dos kms com cada vez mais frequência, entre outros. Aproximava-me rapidamente do 2º abastecimento, onde iria encontrar o meu colega de trabalho, e aproveitar para conversar durante alguns momentos. Estava atarefadíssimo a pôr óleo nas correntes do pessoal que passava. Lá segui viagem, mais umas descidas e por fim o ombro estava acabado. Cerca de 2 ou 3km depois chagávamos ao alcatrão onde estavam as várias assistências pessoais, onde a Lena esperava por mim. Parei um bom bocado, conversámos, e, apesar de me custar e muito, a sensatez prevaleceu e pela primeira vez desisti do PTG100. Quem me conhece sabe que não foi um bom momento para mim, mas enfim, melhores dias virão.
Ainda fomos ver a chegada dos primeiros, conversámos com vários amigos, tomei banho e almoço!
Parece que vou ter de diagnosticar de forma eficaz o que se passa com o ombro assim que chegue a Leiria.
Até à próxima! Boas pedaladas