terça-feira, 17 de novembro de 2009

Link para as fotos do GeoRaid AX 2009

Boas,
desta vez é uma mensagem curta, apenas para deixar o link para a galeria das imagens do Geo Raid. Eu sei que já lá vai algum tempo, mas só agora tive acesso a elas.
Sem mais demoras, aqui fica:
Boas pedaladas

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

18 - 17 e 18.10.2009 - Geo Raid AX 2009 (Lousã)

Boas! Esta foi, talvez, a maior aventura de 2009, já que se trata de um conceito novo para mim: uma prova de 2 dias com colega de equipa. Confesso que esta parte me deixou algo apreensivo, já que não aprecio muito a responsabilidade de poder atrasar o colega de equipa com um dia menos bom. Felizmente a experiência foi muito positiva, e, tal como nos reconhecimentos, o espírito de equipa esteve sempre em grande, embora debaixo de uma pressão bem maior: passeio é passeio, outra coisa é ter um cronómetro a marcar o passo.
Na 6ª feira chegámos um pouco atrasados ao briefing - afinal de contas, temos de trabalhar... - mas nada de grave, já que já tinha lido o regulamento de uma ponta a outra. Assim, restou fazer o secretariado, o carregamento do track para o 1º dia, e ir para a Pousada da Juventude da Lousã, uma unidade muito moderna e com muito boas condições. Parecendo que não, já passava da meia-noite, o descanso já não ia ser muito. Como ninguém tinha sono, risota até às 2 da manhã.

Sábado, 1º dia
Acordar cedo, preparar as poucas coisas que não tinham ficado prontas e pequeno-almoço! Tudo feito e lá nos dirigimos para a partida. Tendo em conta a hora e a localização geográfica, a temperatura era bem mais baixa do que aquela a que estava habituado - arranquei com manguitos que só bem mais tarde tirei.
Este primeiro dia foi igual em tudo aos reconhecimentos que tinhamos feito no Verão, excepto uma alteração a meio da etapa, a sair das Fragas de Saõ Simão não se subiu por alcatrão, mas por uma subida londa e bem mais inclinada e dura que a de alcatrão - que petisco que os Antónios nos arranjaram... De início, e porque com mais gente por perto a tendência é para o entusiasmo ser maior, o ritmo foi um pouco mais vivo, e achei melhor pôr alguma "água na fervura". Sempre a subir, passagem pela bela Gondramaz, continuando a subir para as primeiras eólicas do dia (onde parei para tirar os manguitos e comer uma barra), depois sempre a descer a grande velocidade e a passar várias equipas até à praia da Louçainha. Nesta altura apanhámos uma equipa de dois velhos amigos da Travessia de Portugal, o Gustavo e o Carlos de quem andámos perto em S. João do Deserto, Ferraria de São João, na passagem por baixo do IC8. Continuámos para Casal de S. Simão, fizémos o single para as Fragas de S. Simão e fizemos mais uma paragem para abastecer estômago e bidons. Fisicamente estávamos a sentir o corpo em boas condições e o ritmo estava bastante alegre. O tal petisco que os Antónios arranjaram arrancou uma série de expressões menos próprias da minha boca: que subidão... que por acaso já conhecia, mas jipe! Paragem num café, o João bebeu uma Cola, eu comi uma sandes que levava na mochila. Passagem em Ana de Aviz, e entrada em mais uma zona de subidas de pendente acentuada, mas pouco estimulante, no meio de um eucaliptal com muita pedra no caminho. Nesta altura comecei a sentir que algo não estava bem - seguramente que se tratava de algum cansaço, já tinhamos 75km a um ritmo bem superior ao dos reconhecimentos, mas acima de tudo sentia que o meu corpo não estava nas suas condições normais - um crescente desconforto fazia-se sentir, que mais tarde se veio a materializar em cólicas bem fortes - olhando para trás, e por muito desagradável que seja falar nisto, mas faz parte da análise que se tem de fazer, na semana anterior ao Geo a barriga não funcionou com a regularidade habitual, e durante o fim de semana pura e simplesmente não funcionou. Daqui para a frente o ritmo diminuiu, e os estradões do parque eólico de Castanheira foram um martírio, não pelas pernas, não por ter sido apanhado pelo temível "Homem da Marreta" (que felizmente nunca nos apanhou durante os dois dias de prova), mas pela razão que abordei acima. Depois do estradão veio a florestal da qual não pude disfrutar pelo desconforto sentido, até chegarmos aos últimos 14kms, feitos a descer. Nesta parte, e porque estavamos a ser atacados por algumas equipas, dei tudo o que tinha e podia, e num ritmo completamente alucinante acabámos por recuperar 2 ou 3 posições até à meta - pode-se dizer que, da nossa parte, foi literalmente um sprint com 14km de extensão.
Restou entregar o GPS para ser verificado pela organização, ir para a Pousada tomar banho e jantar com os irmãos Sérgio e Jorge Valente e o muito simpático pessoal do MaxiGym.

Domingo, 2º dia
Estava tudo preparado já desde o dia anterior, mas por algum motivo do qual já não me lembro, atrasámo-nos. Assim, estavamos a ir para a meta e as equipas todas a passar em sentido contrário - já tinham partido! Lá se perderam 4m nesta nossa falha, mas nada de grave, o essencial era a diversão, e essa foi mais do que muita! Não tinhamos feito o reconhecimento deste 2º dia, mas posso afirmar que foi o mais divertido e bonito dos dois, para mim, claro. Início a subir, pois claro, e neste dia logo durante 20km até ao Alto do Trevim, ponto mais alto da Serra da Lousã. Apesar do atraso, pouco tempo depois de entrarmos em terra começámos a passar várias equipas. Apesar do cansaço acumulado do dia anterior as pernas reagiram bem, e depois de aquecidas responderam bem. Como se não fosse suficiente a extensão desta subida, houve algumas zonas onde nos deparámos com rampas bem inclinadas, embora cicláveis para nós - como se ouviu muito, e à semelhança de um concurso da televisão nacional: "Soltem a parede!" Do Alto do Trevim a paisagem já me era conhecida de outras passagens por esta zona do país, mas considero muito superior às também boas vistas do primeiro dia. Tempo para uma boa descida para logo de seguida se começar a subir para o Aeródromo mais alto do país, do Coentral - é sempre engraçado pedalar na pista. Daqui para a frente a diversão aumentou bastante, descemos para Sto. António das Neves, sua capela e poços da neve, continuando a descer, bem depressa, por uns estradões primeiro, depois por "doubletrack" com algumas pedras a saltarem de debaixo das nossas rodas. Passagem pelas aldeias de Aigra Velha e Aigra Nova (onde parámos para abastecer o organismo) e mais umas descidas que nos puseram largos sorrisos no rosto. Passagem para o outro lado da estrada que liga a Lousã a Góis, e começou a última parte do dia, com uns bons singles, um estradão para rolar a mais de 30km/h uma travessia do rio Ceira (que água tão gelada!!!), e mais uns singles bem divertidos. Numa pequena aldeia ultrapassámos cerca de 3 equipas que estavam a abastecer de água. Daí para a frente fomos no ritmo máximo possível para os kms que faltavam, sem fazer muito barulho para não denunciar a nossa posição, já que conseguiamos ouvir as equipas que tinhamos deixado para trás, e sempre a tentar apanhar uma equipa que conseguiamos vislumbrar à nossa frente há já bastante tempo. Entrada na última subida do dia, por fim com a equipa que seguia à nossa frente apanhada, mas também apanhados pelas equipas que nos seguiam. De início fomos nós a puxar, houve dois endurecimentos de ritmo por parte de outra equipa, mas no final da subida passámos para a frente e, tal como no dia anterior, foi até não ter mais mudanças para meter na descida. No alcatrão já tinhamos cerca de 10 metros de vantagem, e quando fizemos a última descida em calçada já dentro da Lousã e entrámos na recta da meta, já não se via ninguém - finalmente deu para descontrair, mais uma vez ao fim de 15km sempre a dar o máximo! Missão cumprida com a máxima diversão! Banho tomado, entrega de diplomas e prémios feita, tempo de voltar para casa a pensar seriamente no trofeu 2010...
Boas pedaladas

sábado, 3 de outubro de 2009

17 - 20.09.2009 - 2º Raid do Juncal (Juncal)

Boas! Desta vez venho relatar a minha participação no 2º Raid do Juncal. Saí de casa muito atrasado, de tal forma que cheguei 10m antes da partida! Foi uma correria, mas felizmente o secretariado foi muito rápido - até demais já que ninguém me pediu identificação no levantamento do dorsal... Lá alinhei na partida junto de alguns amigos, e até deu para conversar durante 5m. Curiosamente estava bastante relaxado, apesar das correrias, talvez porque conhecia os singles da Ataíja e Chiqueda e sabia que a diversão estava garantida. Por outro lado, não me estava a pressionar em relação a resultados, o espírito estava mais virado para o modo "passeio", muito por causa de uma constipação que me afectou durante a semana e da qual ainda andava a descarregar,... fortemente. Por fim, arrancámos, e depois da volta pelo Juncal - onde houve logo um acidente bastante aparatoso com dois ciclistas da mesma equipa - lá entrámos nos trilhos. E o que dizer dos 30km iniciais? É fácil: FABULOSO!!! Não é nada que não me fosse já conhecido, mas nunca tinha percorrido todos aqueles singles em ritmo de prova, e foi do outro mundo.
No entanto, um reparo à organização, as marcações deviam estar bem melhores, já que houve muitos enganos nesta zona, os trilhos são muitos, e se a marcação não é a mais correcta, dá confusão de certeza - eu tive 2 enganos, e toda a gente com quem falei no final se queixava do mesmo. Uma outra nota, e desta vez não é para a organização: é uma pena que muitos ciclistas ainda não usem uma cadência alta em zonas técnicas, porque assim acabam por não conseguir passar alguma(s) dificuldades existentes naqueles trilhos, e acabam por obrigar toda a gente que vem atrás a desmontar... Uma seca, tira parte da piada de se fazerem estes trilhos, e por norma não se deixam ultrapassar... É pena, mas enfim... nada a fazer. Adiante!
De notar que estes 30km iniciais foram sempre feitos a dar o que tinha, num ritmo muito muito vivo. Estava admirado comigo mesmo, por estar a aguentar tantos kms sem controlar um pouco o andamento - há bem pouco tempo o mesmo não era possível, é sinal que os treinos estão a ser bem produtivos. Depois de passarmos o 2º abastecimento, no Intermarché da Cumeira (de referir que não parei nos 2 primeiros) entrava-se num tipo de trilho muito diferente, mais estradão, com muito sobe e desce, ora entre eucaliptos, ora à "torreira" do sol. Por volta do km 40 veio a esperada quebra, e tive, obrigatoriamente, de baixar o ritmo. Passagem por mais uns trilhos conhecidos: Amazónia, completamente estragada por terem aberto o caminho para a passagem de veículos de 4 rodas, Santa Rita, onde havia mais um controlo e um abastecimento. Nos 7km finais veio um novo vigor, talvez porque me estavam a tentar ultrapassar. Analisei o pedalar dos adversários, vi que estavam nos limites, enquanto eu tinha recuperado bem nos kms em que fui obrigado a controlar o meu andamento. Acelerei e fui embora. Acabei ao sprint com mais um concorrente e ganhei. Finalizei o 2º Raid do Juncal em 47º com 3h38m55s, o que deu média de 17,5km/h para os 64km e 1300m de acumulado feitos.
A zona de meta merecia ser bem melhor, já que mal saíamos do trilhos estavamos no arco de meta, sem espaço para sprints ou comemorações. A prova merecia e parece que para o ano será melhor, já que espaço também não faltava. Estreia dos balneários novos, e servimos de cobaia para o sistema de aquecimento da água: pelava, credo!
O almoço foi bom, comida com muita fartura, muita rapidez e simpatia no atendimento.
Sem dúvida a repetir, e espero que o Clube do Juncal emende as poucas coisas que correram mal para ser realmente um evento sem falhas. Fotos não tenho, mas vou ver se o meu parceiro de GeoRaid me arranja, já que esteve lá a fotografar.
Boas pedaladas

terça-feira, 15 de setembro de 2009

De férias na Lousã: ensaio geral para o GeoRaid

Olá! As férias já acabaram e até já estou a trabalhar, mas depois do repto do João não podia deixar de dar a minha contribuição. Depois de alguma busca na net, decidi ir de férias para a zona da Lousã com a Lena, e assim conhecer as Aldeias do Xisto, não só as da Lousã, mas também as pertencentes a Góis, Figueiró dos Vinhos, Penela e Miranda do Corvo, bem como a rede de praias fluviais existentes nas mesmas zonas. Desde já posso adiantar que gostámos muito, embora eu sinta que a ideia que é passada no site das aldeias é um pouco enganadora: estamos à espera de encontrar aldeias vivas, quando a realidade é precisamente o oposto. Ainda assim existem excepções, mas são raras.
Antes de partir já tinha falado com o João sobre o meu destino de férias e sobre a possibilidade de se juntar um grupo de amigos para fazer o 1º dia do GeoRaid da Lousã de 2008. Depois de várias SMS e chamadas, acabámos por ser só os dois confirmados, o que acabou por ser bom, já que depois do convite do João para formar equipa para a edição de 2009, o passeio tornou-se acima de tudo um ensaio inicial - costumamos andar de bike de estrada algumas vezes juntos e temos ritmos relativamente semelhantes, mas nunca tinhamos andado juntos em BTT - e um ensaio geral - para tomar a decisão final: inscrever ou não!
Depois de um pequeno atraso, lá partimos para a aventura, e, diga-se, não há muito tempo para aquecer, já que, mal se começa a sair da Lousã já se está a subir. Como tinhamos muito do que falar, a subida inicial fez-se bem, diria mesmo que quase passava despercebida, não fossem as belíssimas paisagens que nos obrigavam a parar frequentemente para tirar fotografias. Aproximávamo-nos rapidamente da primeira aldeia de xisto, Gondramaz - está muito gira, vale a pena visitar - com um acumulado de mais de 700m em menos de 20km... Após esta aldeia, continuava-se a subir, agora já em estradão de acesso aos geradores eólicos, ultra-suaves, mas sem grandes desafios para a condução... A vista, essa sim, a valer bem a pena!
Tempo para uma longa e rápida descida, seguida de uma zona mais plana com várias sequências de curvas à esquerda e à direita. Passagem por uma barragem de captação de água, para pouco depois se chegar à primeira praia fluvial do dia: Louçainha.
Depois de uma fase de descanso tinha de se seguir uma fase de esforço, obrigatoriamente. Tempo para se subir até São João do Deserto - aqui foi necessário circular com algum cuidado, os madeireiros tinham andado a cortar madeira e o conceito deles de deixar os caminhos limpos para a circulação é algo dúbio... Pequeno precalço, as pilhas do GPS acabaram, nada que não se tenha resolvido (obrigado João pelas pilhas da máquina e desculpa teres ficado sem tirar mais fotos o resto do dia...), e lá continuámos, primeiro por um curto single em pedra, depois por estradão, para a segunda aldeia de xisto, Ferraria de São João, que por acaso até nem é de xisto. Agora entrávamos numa zona rápida, em plano ou ligeiramente a descer, sempre a pedalar a velocidades bem elevadas. Apenas tinha que se ter atenção aos pontos no GPS que indicavam qual o trilho a seguir nas bifurcações que iam aparecendo. Passagem por baixo do IC8, e novamente a subir até à terceira aldeia de xisto, Casal de São Simão, pelos caminhos menos interessantes do dia, na minha opinião. Esta aldeia é das mais bonitas que tive oportunidade de visitar - recomendo vivamente uma visita à mesma. A saída da mesma é feita por outro single, muito engraçado, mas muito curto. E assim estamos na praia fluvial das Fragas de São Simão, que, diga-se, é fantástica. Fizemos uma longa paragem, alimentámo-nos bem, hidratámos o corpo e os bidons/mochilas. Aqui estavámos no ponto mais afastado da partida na Lousã. A partir deste momento começava o regresso, e pelo acumulado que se lia no GPS, muito restava ainda para subir. E começava logo a sair das Fragas com uma subida em paralelo bem durinha, que depois continuava durante bastante tempo por alcatrão. Mais uns caminhos de terra e entrada na praia fluvial de Ana de Aviz, uma das melhores (ou mesmo a melhor) em termos de infraestruturas. Daqui para a frente o caminho seguido estava intimamente ligado aos estradões de acesso aos geradores eólicos, salvo erro, de Castanheira de Pêra. Aqui apareceram as subidas com maior pendente, o que aliado ao vento forte que se fazia sentir ao fim da tarde não ajudava muito. Por fim lá saímos para uma florestal à esquerda, que ao não estar assinalada (e porque já tinha havia alguns problemas de navegação com o GPS) me obrigou a fazer duas vezes a mesma parede... é tudo treino! Esta florestal era fantástica, com muitas pinhas minúsculas no chão, e com o cruzamento da mesma por mais dois corços (tinha-me esquecido que de manhã tinhamos avistado outros dois). Já faltava muito pouco para a descida final até à Lousã, mas fizemos uma última paragem para dar ar ao pneu traseiro do João que estava com um furo lento, e apreciar a fantástica luz de fim de dia. Problema temporariamente resolvido, eis que começamos a descer por uma antiga estrada nacional, agora um estradão onde ainda se vislumbram pequenos pontos de alcatrão grosso e bastante antigo. Mais mudanças houvesse, mais mudanças se usariam. Parámos ainda num miradouro sobre a Lousã para um último olhar - a aventura estava a terminada!
Conclusão: já estamos inscritos!
Boas pedaladas

domingo, 26 de julho de 2009

16 - 12.07.2009 - 3H Resistência (Carvide)

Boas! Passados 15 dias da Resistência Nocturna Airbike de Leiria, eis-nos chegados a mais uma prova de resistência, desta vez em BTT, e bem perto de casa, Outeiro da Fonte, Carvide. Inscrevi-me nesta prova com o único intuito de rodar em prova, com a plena consciência que desde a prova de Leiria não havia treinado, e que seguramente a forma estaria bem mais fraca. Com toda a calma fui para a prova, tratei do secretariado e preparei a bicicleta. Ainda tive tempo para fazer um pequeno aquecimento e pôr a conversa em dia com os amigos habituais destas andanças.
Partida! Começou com um "start loop" para ir definindo alguma ordem no pelotão, entrando depois nas voltas completas. Bem cedo me apercebi do real estado em que estava fisicamente, o que fez com que tomasse uma decisão com a qual fiquei bastante satisfeito, dosear o andamento. Assim, deixei ir o pessoal com quem costumo andar na disputa, para ir com mais calma, mantendo o coração numa determinada zona. Sabia que alguns não aguentariam o ritmo e dobrá-los-ia antes do fim da prova. Assim, lá fui seguindo ao meu ritmo, que ainda assim era o suficiente para ir passando outros participantes, sempre com uma cadência bem solta para poupar as pernas ao máximo. O percurso era bastante plano, com uma ou outra ligação em estrada, quase sempre em estradão largo, apenas interrompidas pelas zonas em pinhal e uma subida e descida curta em terra. As zonas em pinhal parecem ter dado bastante trabalho a muita gente - por norma os percursos nestas zonas caracterizam-se pelo piso arenoso a obrigar a um esforço extra, e pelas raízes perto ou mesmo à superfície, que estragam a média, as costas, e, por vezes, originam umas inesperadas quedas. Foi o caso em Carvide, segundo vim a saber no fim da prova, algumas quedas com algumas desistências à mistura por dores lombares. Pela minha parte também senti algum desgaste a nível da cervical e da lombar, mas nada que me levasse a pensar desistir. No final ainda pensei em acelerar um pouco o ritmo, e foi o que fiz, mas não por muito tempo já que as pernas não deixaram. Assim, e com muita pena minha, embora saiba bem o porquê e não me censure, vi-me a ser ultrapassado por atletas que normalmente acabam atrás de mim. Paciência!
Os objectivos que delineados para a prova foram cumpridos na íntegra: um bom treino em ritmo de prova e gestão consciente do esforço dispendido. Para o registo ficou o 69º lugar da geral e o 24º da classe.
Relativamente à prova, o que posso dizer é que estava bem organizada, com boas marcações, muitos colaboradores nos cruzamentos de estrada, banhos quentes (a escaldar mesmo!!!) e comida boa no fim. O único ponto menos positivo (mas não negativo) foi o percurso que se revelou pouco interessante. Espero que possam melhorar este ponto!
Até à próxima! Boas pedaladas

sábado, 25 de julho de 2009

Novo update ao tratamento na Clinipedro

Olá! Depois das boas sensações tidas na prova de resistência de Leiria (no que ao ombro diz respeito) continuámos com os tratamentos na Clinipedro, o que também quer dizer que infelizmente vou continuar sem tempo para treinar... Paciência, tempo não há-de faltar depois de estar a 100%. A lógica do tratamento continua a mesma, tendo nesta segunda metade do tratamento sido introduzidos alguns exercícios de reforço muscular. Também voltei à natação, visto que pela ausência dos movimentos normais ao nível da rotação, o ombro sofre agora de uma capsulite, que só desaparece com movimento. Confesso que a primeira sessão de natação foi algo dolorosa, tendo melhorado bastante nas sessões seguintes.
A cada dia que passa sinto-me melhor, noto que a vida vai voltando ao normal, isto no que às solicitações a que o ombro está sujeito no dia-a-dia. Mesmo no trabalho, onde estava algo limitado, tudo está já quase a 100%.
Obrigado Pedro!
Boas pedaladas

sábado, 11 de julho de 2009

15 - 27.06.2009 - Troféu Airbike: 3H Resistência Nocturna (Leiria)

O regresso!, ainda que faseado... Conforme as indicações do meu fisioterapeuta, e depois de estar autorizado pelo mesmo a participar nas 3h de Leiria mesmo depois de explicar que tinha muitas escadas para descer, liguei o ombro conforme me foi ensinado e dirigi-me para o jardim em frente às antigas instalações do Banco de Portugal. O secretariado estava muito lento, muito por culpa da empresa responsável pela cronometragem na entrega dos chips, embora isso não me tenha afectado, já que a minha equipa já lá estava com o material necessário para todos os atletas. Tempo para ir dar a volta de reconhecimento, e confesso que estava bastante nervoso com a perspectiva de descer certos lanços de escada. Arranquei e pouco depois estava acompanhado de mais um atleta. Lá fomos com calma, sempre na conversa, o que ajudou a acalmar. Fizemos a volta completa e deu para concluir que a única escada onde se tinha de ter mais cuidado era a da escola comercial, já que a mesma tinha de ser feita na diagonal. Estava na hora das verificações técnicas, já bem perto do fecho da mesma. Aqui pude observar que as mesmas não foram muito rigorosas, já que um atleta que entrou na mesma altura do que eu não cumpria um dos requisitos do regulamento - dimensões dos pneus - e entrou para o parque fechado/zona de meta. Mais tarde, apercebi-me de mais atletas nas mesmas circunstâncias. Um aspecto a melhorar por parte da Airbike, já que eles é que incluiram este ponto no regulamento. Entretanto, e como faltavam cerca de 30m para o arranque e ninguém garantia a segurança das bicicletas para os atletas poderem ir fazer rolo para aquecer - mais um aspecto a rever por parte da Airbike - aproveitou-se para conversar com os muitos amigos presentes.
Chega a hora do arranque, há quanto tempo... Saudades... E lá começa a pulsação a subir! 21h - arranque! O turbilhão habitual, o som das mudanças a entrar, dos pneus a rolar, e, da habitual confusão também. A primeira volta era mais curta, já que começava pela avenida principal até à rotunda do estádio, e aí entrava-se no percurso "oficial". Ainda nessa volta, quando se descia depois da escola comercial e se saía à esquerda para uma descida mais suja e escura deparo-me com o primeiro acidente, e este foi dos grandes. Tempo para parar, avisar quem vem atrás e chamar os bombeiros. 2 ou 3m depois lá começo a pedalar novamente, apenas para parar novamente numa passagem estreita um pouco mais à frente e perder mais 2m - e vão 5m de desvantagem para a parte do pelotão que não foi afectada pela queda, tempo irrecuperável para mim que não treino há bem mais de 2 semanas entre queda, diagnósticos e tratamento. Continuando. Começam a acumular-se as voltas, até ter 1h20m de prova sinto-me muito bem, o que me admira bastante tendo em conta a paragem, mantendo sempre um ritmo forte e constante. Entretanto começo a sentir algum desgaste, o que se veio a comprovar mais tarde nos tempos de volta, mas continuo sempre a dar o máximo possível. Dá-se o aparecimento de alguns borrifos de chuva, que desde logo me fizeram temer pela segurança de todos os que andavam no percurso, já que o mesmo ficaria perigosíssimo se a mesma não parasse. Felizmente parou. Entretanto começo a sentir as forças a fugirem mais depressa e a vontade que o tempo de prova acabe torna-se quase ensurdecedora dentro de mim. As últimas duas voltas já são feitas completamente em "modo automático", num ritmo que de repente é 3m mais lento - o "homem da marreta" apanhou-me... Termino a prova em 134º lugar da geral, 58º de Veteranos A, com 11 voltas e muito desgastado. Ainda assim não foi muito mau tendo em conta a paragem forçada, fiquei a meio da tabela em termos de classe, no início da segunda metade da geral. Com o fim da prova regressou a chuva, agora com mais força. Felizmente a entrega do meu chip foi rápida, mas para a maior parte dos participantes nem por isso, ao que sei demorou cerca de 1h30m o que veio a impedir que muitos fossem tomar banho ao estádio que entretanto fechou. Mais um detalhe para a Airbike trabalhar. Para mim tratou-se de uma prova espectacular, muito diferente do habitual, com muita gente ao longo percurso a apoiar (o que não é habitual no meio do monte nas provas de BTT), com muita animação, e acima de tudo, com um enorme potencial tanto para a organização como para as equipas/atletas de darem muito mais retorno aos seus patrocinadores como de aproximação da modalidade ao público em geral. E o melhor de tudo foi o facto do ombro não ter qualquer queixa depois de tirada a fita que estava a fazer a contenção do mesmo! Estamos no bom caminho!
Até à próxima! Boas pedaladas

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Update da Fisioterapia na Clinipedro

Boas. Neste post venho fazer algumas correcções e actualizar o ponto de situação da fisioterapia que está a ser levada a cabo ao meu ombro lesionado.
Assim, onde se lia no meu primeiro post sobre a fisioterapia que o meu "músculo supra-espinhoso estava com uma grande inflamação" deve ler-se síndrome subacromial conjugada a subluxação da acromioclavicular. Esta é a descrição correcta da minha lesão. Onde referia "massagem (à falta de um termo mais correcto)", posso agora dizer que o termo correcto é terapia manual! Obrigado pelas informações Pedro!!!
Relativamente aos tratamentos, para já têm seguido sempre a mesma lógica: terapia manual (agora sim, está certo!, lol), alongamentos e gelo. Apesar de ainda se estar na primeira metade do tratamento, estou bastante optimista. Já me sinto melhor, o Pedro já nota uma grande evolução, e, à partida estarei autorizado a participar nas 3h de Resistência Nocturna Urbana de Leira. Por fim o regresso, ainda que faseado, às provas!
Vamos a ver como continua a correr tudo.
Boas pedaladas

domingo, 5 de julho de 2009

Férias na zona Beirã - Viseu, Castro Daire, S. Pedro do Sul

Boas. Já tinha mencionado numa intervenção anterior que tinha estado de férias nesta zona a treinar de bike de estrada e de bike de btt com pneu 1.0, mas ainda não me tinha alongado sobre o assunto. Foi uma semana de descanso e treino. Para além de muito passeio pela zona, que, apesar de conhecer desde pequeno, nunca tinha explorado como desta vez. Mas como não há nada melhor do que as fotos para demonstrar aquilo de que falo, aqui ficam algumas:


À esquerda: Subida para S. Macário; À direita: Capela e gruta quase no cimo

À esquerda: Capela no alto de S. Macário; À direita: Vista para o lado de S. Pedro do Sul

À esquerda: Opções; À direita: Vista para algumas das aldeias preservadas

À esquerda: Portal do Inferno; À direita: a caminho do Santuário da Lapa
Espero que gostem. Podem ver muito mais imagens em http://picasaweb.google.com/antoniopereira2005/FeriasEmSaoJoaninhoJunho2009#
Boas pedaladas

14 - 21.06.2009 - Maratona de Lafões (S. Pedro do Sul)

Olá! Como se está a tornar hábito, os eventos na zona beirã estão a ser descurados por mim após a sua calendarização no início da época, ainda que por motivos diferentes. Se aquando do Uphill foi a falta de companheiros, desta vez foi a lesão no ombro, que apesar de já estar na fase inicial do seu tratamento, ainda não permite aventuras em TT. Assim, e com um grande pesar na alma, tive de faltar à maratona de Lafões. Pelo que tive oportunidade de ver em fotos do evento, passei em muitos sítios percorridos pela mesma, mas de estrada, quando estive de férias nessa mesma zona. Espero que tenha corrido tudo pelo melhor a todos.
Boas pedaladas

sábado, 4 de julho de 2009

Finalmente o início da fisioterapia na Clinipedro - 16.06.2009

Por fim!!! Depois das enormes dificuldades no diagnóstico às quais não estava habituado em Lisboa, com demoras enormes entre exames (quase 15 dias à espera para fazer uma eco ao ombro...), em conversa com um dos instrutores do ginásio onde ando fiquei a saber que existia uma clínica de fisioterapia dentro das instalações do ginásio, a CliniPedro, cujo responsável é o fisioterapeuta da selecção nacional de atletismo. Liguei para o número e fizemos a marcação da consulta para o dia seguinte ao fim do dia. Levei o raio-x e a eco, e em conjunto com a algo dolorosa apalpação (um "mal" necessário) rapidamente se chegou à conclusão que o músculo supra-espinhoso estava com uma grande inflamação, ainda que existissem dias em que as coisas pareciam estar quase normais. O Pedro avisou-me desde logo que era pouco provável conseguirmos que o ombro ficasse como antes do acidente em termos estéticos (o meu acrómio está algo saido/mais alto), visto que já tinha passado mais de mês e meio desde a queda, mas que ficaria a 100% em termos funcionais. A semana seguinte era a dos feriados de Junho, e ambos estariamos de férias. Assim, ficou tudo marcado para a semana a seguir aos feriados, e cá estamos a dia 16 para o primeiro tratamento. O mesmo consiste na parte da massagem (à falta de um termo mais técnico), seguida dos alongamentos específicos e, por fim, os 20m de gelo. A parte da massagem é, obviamente, dolorosa, mas tem mesmo de ser assim. No entanto, acaba por ser um período que não é assim tão custoso, já que o ambiente é muito bom, tanto entre mim e o Pedro, como com os outros pacientes. Estou optimista! Oportunamente irei colocando a evolução da lesão com a continuação do tratamento.
Até lá, boas pedaladas!

quinta-feira, 2 de julho de 2009

13 - 11.06.2009 - Taça de Portugal XCM#4 (Manteigas)

Com as mudanças no calendário a maratona da Taça de Portugal calhava a meio da semana dos feriados de Junho. O ombro ainda continuava lesionado, como tal, mais uma prova a que tinha de faltar.
Felizmente estava de férias nessa semana, e para não estar parado em casa, decidi ir para a terra do meu pai, homem beirão, e treinar estrada, habituar o corpo ao esforço de subidas longas. Mas isso fica para o próximo post.
Até lá, boas pedaladas

segunda-feira, 29 de junho de 2009

12 - 31.05.2009 - GEAPRO Mountain-X Bike (Belas)

Boas. Tinha agendada esta prova de XC da GEAPRO, mas como o ombro continuava a não estar bom, tratou-se de mais uma a que não fui, e, pelo que se sabe parece ter sido bem animada, com muito calor e muita técnica.
Aos que se apresentaram em Belas, os meus parabéns!
Boas pedaladas

domingo, 28 de junho de 2009

11 - 17.05.2009 - Taça de Portugal XCM#3 (Arcos de Valdevez)

Pois é, depois da infeliz desistência do PTG100 por motivos físicos (ombro lesionado piorou com o decorrer da prova levando à consequente saída antecipada) ficou mais do que provado que a dor do ombro não era passageira e fui tentar tratar do diagnóstico e solução. Não foi fácil, ainda não está feito o diagnóstico nesta altura!!!, mas enfim...
Obviamente, e sabendo de antemão que o percurso ia ser do mais duro que se possa imaginar, não fui ao Minho, tendo ficado em casa a tratar do ombro e a fazer estrada onde as solicitações são bem menores.
Vamos a ver se as coisas melhoram!
Até lá, boas pedaladas

quinta-feira, 11 de junho de 2009

10 - 02.05.2009 - Maratona de Portalegre PTG100

PTG 100 - a mítica, a maior, e apesar da dimensão gigantesca melhor do que a maior parte das maratonas, isto no que à organização se refere. Apesar de só ter passado uma semana e dois dias da queda que me impossibilitou de participar em Alte, sentia-me bastante melhor. Assim, decidi deslocar-me até à capital do BTT e ver se conseguia fazer a prova na sua totalidade, que este ano se sabia mais difícil do que no ano anterior. Eu e a Lena fomos ficar a Castelo de Vide, perto o suficiente para demorar pouco tempo até Portalegre.
Acordei sem grande motivação (não faço ideia porquê...), mas depois de um bom pequeno-almoço lá fomos. Últimos preparativos, despedidas (a Lena ia para os abastecimentos), e lá fui para o meio da molhada. Por fim lá se ouviur a partida a ser dada - este ano só demorou cerca de 2m até começar a empurrar a bicicleta, o ano passado estava mais atrás, demorou 4... Lá fomos por alcatrão pelas rotundas, depois pelo IP2, entrámos novamente na cidade, e iniciámos a tradicional subida de alcatrão para sair da mesma. Andei muito forte no IP2, e na subida fui a um ritmo rápido, mas que não me provocasse um desgaste para lá do desejado. Para minha surpresa, a separação era feita no cimo da subida, o que se veio a revelar uma pena, mais tarde. Entrámos em TT, e o percurso começou a descer. Algumas descidas com alguma pedra, pessoal menos afoito a impedir a progressão normal, e parece que começamos a não saber descer. Lá se vai dando os primeiros sacões e esticões, e começo a sentir as dores a voltarem ao ombro. Mais uma parte rolante, mais umas subidas mais umas descidas, e a situação vai-se deteriorando relativamente depressa. Como me tem acontecido ultimamente, começo a ter problemas digestivos com a alimentação - bolas, não há maneira de acertar no que me anda a fazer mal, se as barras, os sais ou o gel...
1º abastecimento, aproveito para beber água e falar por breves segundos com a Lena. Arranco novamente, e agora os problemas estomacais agravam-se repentinamente, talvez por ter bebido demasiada água em tão pouco tempo. Os kms vão decorrendo, passam-se uns quantos ribeiros, um single aqui, outro ali. O ombro cada vez está pior, e os maus sinais começam a aparecer, a verificação dos kms com cada vez mais frequência, entre outros. Aproximava-me rapidamente do 2º abastecimento, onde iria encontrar o meu colega de trabalho, e aproveitar para conversar durante alguns momentos. Estava atarefadíssimo a pôr óleo nas correntes do pessoal que passava. Lá segui viagem, mais umas descidas e por fim o ombro estava acabado. Cerca de 2 ou 3km depois chagávamos ao alcatrão onde estavam as várias assistências pessoais, onde a Lena esperava por mim. Parei um bom bocado, conversámos, e, apesar de me custar e muito, a sensatez prevaleceu e pela primeira vez desisti do PTG100. Quem me conhece sabe que não foi um bom momento para mim, mas enfim, melhores dias virão.
Ainda fomos ver a chegada dos primeiros, conversámos com vários amigos, tomei banho e almoço!
Parece que vou ter de diagnosticar de forma eficaz o que se passa com o ombro assim que chegue a Leiria.
Até à próxima! Boas pedaladas

quarta-feira, 10 de junho de 2009

09 - 25.04.2009 - Taça de Portugal XCM#2 (Alte)

Boas! No seguimento do "post" anterior, é fácil de calcular que não participei nesta prova. As dores foram aumentando - as primeiras 48h são sempre assim... - mas ainda assim, desloquei-me ao Algarve, já que tinha assumido o compromisso de ir ajudar a equipa de outra forma, neste caso, a dar assistência. Função cumprida! Apenas de lamentar alguns problemas de saúde de dois colegas (problemas gastro-intestinais num e possível lesão muscular noutro) e uma queda de um terceiro que deixou marcas num travão e roda, isto sem falar nos "cromados". Faz parte...
No final, o que mais se ouviu à maior parte dos atletas que completaram a prova era que "mais parecia uma prova de estrada". Demasiado rolante pelos vistos. Esperemos que a próxima seja mais BTT puro e duro.
Até lá, boas pedaladas!

sexta-feira, 29 de maio de 2009

ACIDENTE!!! Lá se vai Alte... (23.04.2009)

Boas! Desta vez escrevo, mas não por um bom motivo. Enquanto treinava pela última vez antes da maratona de Alte para a Taça de Portugal de Maratonas, deu-se uma queda em BTT, naqueles sítios onde já passámos mais de 300 vezes. Como era a descer e ia a mais de 30km/h, o resultado não foi muito famoso: um capacete partido (mais um!!! e vão dois em menos de um ano...), e um ombro muito mal tratado. Ah!, isto já para não falar na pintura do quadro, que ficou bem estragada por causa das manetes de travão e mudanças que passaram para o outro lado do tubo superior. Lá me arrastei para casa, com a consciência que nada estava partido, mas as dores eram mais que muitas, principalmente depois de o corpo arrefecer. Estava bastante entusiasmado com a perspectiva de voltar a Alte, pois gostei bastante da maratona de 2007. Mais um contratempo, esperemos que nada de grave.
Boas pedaladas!

terça-feira, 12 de maio de 2009

08 - 19.04.2009 - Up-Hill de S. Pedro do Sul

Boas!
Ansiava bastante por esta prova, não tanto pela prova em si, mas mais pela zona que me diz bastante, tenho uma costela beirã (mais precisamente de Castro Daire) pela parte paterna. No entanto, não se arranjou companhia para dividir os custos, e para ir sozinho não valia a pena. Assim, fiquei por Leiria a treinar e descansar que também faz falta - ultimamente têm-se feito muitos kms ao fim de semana, estou farto de conduzir...
Vamos a ver se não faltamos à Maratona da mesma organização deste Up-Hill.
Até lá,
Boas pedaladas!

07 - 05.04.2009 - Taça de Portugal XCM#1 (Estremoz)

Chegados à primeira prova da Taça de Portugal de Maratonas, a realizar-se em Estremoz, com a tão temida Serra da Ossa, e infelizmente vejo-me impedido de participar. Passei toda a semana anterior à prova com graves problemas respiratórios provocados pelo súbito tempo primaveril (quase de Verão) que se fez sentir.
No entanto, é de salientar a falta de informação conhecida acerca desta maratona. É vergonhoso que não haja informação através da Federação, que o cartaz disponível para download no site do organizador dê informações erradas, e que as informações finais da prova sejam dadas por alguém que não pertence à empresa do organizador através de um canal não-oficial, ainda que o mesmo seja o fórum (e site) com mais visibilidade a nível nacional.
Esperemos que as coisas melhorem...
desde já os meus parabéns à minha equipa, Róódinhas, pela prestação na prova.
Boas pedaladas!

terça-feira, 28 de abril de 2009

06 - 22.03.2009 - Troféu Airbike: Maratona do Centro (Pousos)

E uma semana depois, eis que chega a hora de lutar contra o relógio! Como a prova era "em casa" pude dormir bem, acordar com tempo de fazer tudo com calma. Lá fomos para a prova, dorsal na bike, linha de partida. Tempo para as habituais conversas com o pessoal conhecido, enquanto esperávamos a hora certa. Por fim lá chegou o momento esperado: Partida! Lá se lançou a multidão pelo alcatrão, alongando-se o pelotão descida abaixo numa situação algo arriscada, mas (infelizmente) necessária. Fui passando alguns atletas, até que entrámos em terra. Antes de chegar à primeira zona de abastecimento a entrada na Pia do Urso (aconselho a visita, muito bem preservada, típica localidade da Serra) revelou-se algo complicada para alguns já que se fazia por uma subida bem inclinada com pedra solta. Nada de parar no primeiro abastecimento, já que levava a minha alimentação e hidratação comigo. Mais alguns trilhos bem giros, um belo single, passagem por um parque eólico, e mais uns trilhos bem giros. Marcações impecáveis, como é habitual neste organizador. Seguia com o meu amigo Zé Manel, quando encontramos o meu colega de equipa e amigo Sérgio furado. Parei para o ajudar, cedendo uma câmara de ar e ajudando a reparar o furo. Perdemos bastante tempo, cerca de 10 minutos entre montar, desmontar e dar à bomba. Fomos juntos durante algum tempo, até encontrar outro concorrente furado, que por não ter material consigo ia ter de seguir a pé. Mais uma vez parei para ajudar, desta vez para ligar à organização a explicar onde estávamos e onde o poderiam apanhar - mais 5 minutos perdidos... Lá tentei recuperar o andamento, embora os objectivos iniciais já não fossem ser atingidos: fazer o melhor possível, de preferência abaixo das 4h30m, já que me sentia bastante melhor do que na semana anterior durante os reconhecimentos. Mais uns caminhos interessantes, agora mais rolantes, com menos pedra. Segui durante bastante tempo com um amigo de longa data destas andanças, Nuno Machado que acompanhava um amigo durante a prova. Como parei apenas por breves momentos no último abastecimento, desta vez dado pela Helena e pela nossa amiga Su, fiquei sem a companhia dos mesmos. Mas, eis que após a subida que sucedia a zona de abastecimento encontro novamente o Sérgio, desta vez com uma avaria mais complicada e demorada: corrente metida entre a cassete e os raios, desviador traseiro torcido com roldanas completamente tortas! Esta paragem foi ainda mais longa, havia que descravar a corrente, e com muito jeito e calma tirá-la de entre a cassete e raios. Lá conseguimos, o Sérgio voltou para trás para pôr a bicicleta em cima do carro e ir para a meta, e eu arranquei, novamente. De facto não foi um bom dia para ambos: ele estragou material e desistiu, e eu perdi quase 30 minutos nas ajudas dadas. Restava a zona mais divertida da maratona, a grande descida por trás da Sra. do Monte e os trilhos técnicos da Curvachia. Mais uns kms finais e acabei com o tempo de 4h51m no 181º lugar da classificação geral... Péssimo, mas segui os meus princípios ao ajudar quem precisava. Esta noite durmo tranquilo, apenas com um travo amargo na boca... Para a próxima será melhor!
Até lá,
Boas pedaladas!

sábado, 18 de abril de 2009

05 - 15.03.2009 - GEAPRO Mountain-X Bike (Turcifal)

Tratava-se da primeira prova verdadeiramente de XC da época. Estava com bastante vontade de a fazer, já que parte do percurso já me era conhecida e sabia que seria um excelente treino, principalmente de subidas. No entanto, em conversa com um conhecido no ginásio fiquei a saber que no mesmo dia a AIRBIKE iria fazer o reconhecimento final da Maratona do Centro, o que desde logo me despertou a atenção, para além do que seria uma maneira de ficar por casa um fim de semana, o que já não acontecia há algum tempo. Depois de falar com o Alexandre da AIRBIKE, ficou tudo marcado para as 7 da manhã nos Pousos, local do arranque da edição de 2009. Foi um excelente treino, ainda para mais porque fui com o grupo mais rápido (obrigado pelo aviso, Alex!!!), embora não me tenha sentido muito bem fisicamente. Ao fim de 5 horas estavamos de volta de um circuito mais duro que no ano anterior por haver mais pedra, mas mais suave (para mim, pelo menos) em termos de subidas, já que praticamente só havia subidas curtas. Esperemos que para a semana as coisas corram melhor fisicamente.
Até lá, boas pedaladas!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

04 - 21 e 22.02.2009 - Travessia da N. Srª da Peneda - 2º dia

Eis que nasce um novo dia, e que se esperava ainda melhor que o primeiro! Com a promessa de um final em calçada romana, técnica, provavelmente molhada e a descer (e eu sei que sim, já que fui eu que a reconheci há uns anos...), um começo com um single bem engraçado e uma calçada impossível a subir para uma aldeia, e paisagens ainda mais estonteantes que no primeiro dia, o sucesso era mais que garantido.
Depois de todos termos tomado um belo pequeno-almoço, hora de arrancar! Começámos por alcatrão durante algum tempo, passando por um lugar extremamente pitoresco (é mesmo um lugar, bem mais pequeno do que uma aldeia!) onde o cruzamento de dois carros de bois é impossível, quanto mais dois automóveis... Pouco depois saída à direita, e eis que estávamos num singletrack a acompanhar um curso de água. Bem no meio do caminho existe um rego longitudinal, que se encontrava escondido por folhas secas, e um dos participantes não o viu e deu em queda. Nada de grave, mas valeu umas valentes dores num joelho - felizmente alguns minutos depois estava tudo esquecido. Como estávamos a chegar à tal calçada impossível, lancei o desafio a quem não a conhecia, mas mais uma vez revelou-se intransponível. Lá seguimos em fila, a empurrar as bicicletas e a conversar. Começava agora a primeira subida longa do dia, que apesar de ser feita por alçatrão, era muito inclinada no início, ainda dentro da aldeia e a sair da mesma. O grupo foi-se fragmentando, seguindo cada grupo ao seu ritmo, sempre acompanhados pelo magnífico maciço granítico à nossa direita - que vista impressionante. Chegados ao cimo, depois de uma passagem por uma florestal, paragem para o primeiro abastecimento. Com as forças retemperadas voltámos à carga, e agora para entrar em terra, com uma pendente ascendente muito pronunciada, com um mar de pedra solta no início, inclinando ainda mais após essa secção - um verdadeiro manjar para quem é apreciador destes desafios, a pôr todos a arfar e a fazer sentir a altitude a que já nos encontrávamos: acima dos 1200m. Depois de toda esta subida, tinha de vir uma descida, que por sinal é bem divertida com a velocidade que se consegue alcançar, e algo trepidante já que se apanha alguma pedra. Tempo para uma paragem para tirar algumas fotos do bonito vale que se estendia à nossa esquerda, falar de pequenas zonas com neve que havíamos apanhado no início da descida, e seguimos, embora daqui para a frente fosse em estradão largo, quase estrada. Muita velocidade, muito embalo, tanto que passámos o corte para um single muito divertido e tivemos de voltar atrás - felizmente apenas alguns metros. Depois desse single, que vai desembocar numa branda, entrámos em estrada novamente, tendo encontrado novo abastecimento antes de o alcatrão empinar novamente. Mais um pouco de conversa e diversão, grupo reagrupado, e arrancámos. Continuámos por alcatrão durante algum tempo, em bom ritmo, sempre a subir, desta vez com inclinações mais simpáticas. O grupo foi alongando, tendo-se formado uma única fila, tal como se vê nas provas de estrada quando o ritmo já vai muito rápido. Era fácil de perceber quem está habituado a treinar em estrada, e principalmente em grupo. Não era o caso do companheiro que vinha atrás de mim, que não reparou que os que iam à frente abrandaram um pouco o ritmo, e ele começou a roçar com o pneu dele da frente na minha roda traseira. O resultado foi uma queda aparatosa dele, felizmente sem consequências. Repostos do episódio, entrámos novamente em terra, para continuar a subir, agora numa zona um pouco mais árida, embelezada por cavalos selvagens que pastavam por aquelas zonas. Um pouco de plano, mais uns amontoados de neve (e mais umas fotos, claro!), e aproximávamo-nos bem depressa do local de almoço: Castro Laboreiro. Tempo para uma curta descida, passagem por uma aldeia, e breves momentos depois, almoço. Este constava de uma belíssima sopa, e gastronomia típica, o que quer dizer que sabia tudo muito bem, mas não era nada apropriada a quem ainda ia continuar durante mais alguns kms a pedalar. Mas soube tão bem a todos!!!
Para a fase final do dia estava reservada a parte mais divertida e mais técnica da travessia: as calçadas romanas e caminhos pedestres, já na Galiza. Com o sobe e desce que se fez em alcatrão até chegar a essa zona, o grupo acabou por se dividir em dois, ficando eu a acompanhar o da frente, o que me deu um grande prazer, visto que já há bastante tempo que vinha a gabar os trilhos que iríamos agora percorrer a alguns dos elementos que integravam este grupo. E foi sensacional! Todos adorámos, ainda que a primeira metade desses kms (sim, leram bem, kms) exija bastante atenção por causa da pedra muito irregular e molhada. Com algumas paragens pelo meio para comentar as sensações vividas, foi para mim extremamente recompensador ver tantos sorrisos à minha volta: as expectativas criadas tinham sido superadas! A segunda metade destes fantásticos trilhos, ainda que técnica, já não era tão arriscada, o que fez com que velocidade aumentasse um pouco mais, e fez com que a nossa diversão acabasse mais depressa - estávamos às portas de Entrimo de onde havíamos partido no dia anterior.
Pela minha parte, as saudades já se faziam sentir e ainda estava a sair de cima da bicicleta, mas nada dura para sempre... Para o ano há mais!
Resta-me deixar aqui o link para as fotos deste dia, que são em menor quantidade, mas penso que seja compreensível... estávamos a divertir-nos tanto que não nos lembrámos de parar para fotografar!!!
Abraço

segunda-feira, 23 de março de 2009

04 - 21 e 22.02.2009 - Travessia da N. Srª da Peneda - 1º dia

Boas! Finalmente o relato da minha Travessia favorita de entre as que guio para a GEAPRO, a da N. Srª da Peneda. A minha favorita pelos trilhos, pelo tipo de beleza e pela camaradagem que tenho encontrado entre os participantes que tenho acompanhado durante a realização da mesma.
Adiante! Como sempre, tudo começou no dia anterior, sexta-feira, com o arranque da viagem a ser feito logo que saí do trabalho - o carro já estava carregado com todo o material necessário para poupar tempo. A viagem é longa e, já o sabia, ia descansar pouco. Encontrei-me com o outro guia, o Miguel, e continuámos a viagem na companhia um do outro, ainda que cada um no seu carro, já que somos de locais diferentes e um bastante afastadas. Quando chegámos a Espanha ainda andámos a preparar os carros que iriam acompanhar os participantes ao longo dos dois dias de pedaladas.
Manhã do dia 1 (apenas 5h depois de adormecer, podia ser pior), e a animação já imperava entre o staff, e quando nos juntámos aos participantes, aí então era mais que muito, com o reencontro de velhos amigos destas paragens, e a apresentação a novos companheiros. Tudo preparado e lá arrancámos com o atraso da praxe. Saímos de Entrimo, e ainda circulávamos em alcatrão numa estrada ladeada por uma fantástica mata de um lado e de um rio cristalino do outro, e eis que surge o primeiro furo, com menos de 3km!!! Para ser mais rápido trocámos a roda por outra que estava no jipe que, como é habitual, vinha a fechar o percurso. Novo arranque, e por fim entrámos em terra. Uma pequena extensão de sobe e desce para nos habituarmos ao tipo de terreno, e eis que começa a primeira subida do dia, a mais longa de toda a travessia, com cerca de 20km, começando nos 500m e acabando praticamente nos 1400m de altitude. Com um tempo fabulosamente primaveril, lá fomos subindo com muita conversa, alguns desafios, e paragens para fotos. Devido à diferença de andamentos o grupo acabou por se partir em dois, embora nos voltássemos a juntar por alguns momentos aquando do abastecimento. Entretanto, começaram a aparecer os primeiros vestígios de neve, primeiro pequenos restos, para depois dar lugar a uma imensidão de caminhos gelados que proporcionaram grandes momentos de diversão a todos! Tempo para pedalar um pouco em (falso) plano para, entretanto, se fazer a grande descida do dia. Tudo o que sobe, desce, e depois de 20km a subir foram mais de 5km a descer, bem depressa em estradão largo e rápido, com algumas zonas com pedra solta e regos transversais a exigirem alguma atenção da parte de todos. Chegados ao fim da descida aproveitámos para visitar um café (ou melhor, "tienda") onde uma fantástica salamandra tinha "salvo a vida" a muitos de nós 2 anos antes, quando fomos apanhados por um fortíssimo nevão ainda durante a subida. Depois de recordados esses momentos, tempo para continuar por uma bonita estrada durante algum tempo, com algumas subidas, até entrarmos numa nova localidade e sairmos à esquerda para terra, para aquela que era a "parede" do dia. O grupo que eu acompanhava (tal como eu) ainda tentou, mas a inclinação, juntamente com o mau estado do piso obrigaram-nos a desmontar e seguir durante algumas dezenas de metros a pé, a empurrar as bicicletas. Lá conseguimos voltar a montar e seguir pedalando, mas a partir daqui o percurso endureceu ainda mais, subindo constantemente durante cerca de 10km, mas com inclinações bem mais íngremes do que na subida com que tinhamos iniciado o dia - que belíssimo treino, afinal de contas um dos meus objectivos para esta deslocação ao Gerês. Nova entrada em estrada, agora já com a maior parte da jornada percorrida. Uma descida longa para relaxar, viragem à esquerda e entrada numa outra estrada, mais secundária, ladeada de belíssimas matas de ambos os lados. Mais um topo ou dois e descida final até ao hotel onde iríamos pernoitar, o Hotel da Peneda. Bicicletas arrumadas, banhos tomados - hora de jantar para retemperar forças e trocar episódios vividos durante o dia.
Para verem as fotos deste 1º dia, sigam o seguinte link:

segunda-feira, 2 de março de 2009

03 - 15.02.2009 - 3H Resistência Róódinhas

Olá!
Eis que chega a prova organizada pela minha equipa, Róódinhas/Santos Silva TMN. O mesmo tipo de prova que aquela em que participei duas semanas antes - uma resistência - mas com metade da duração, ou seja, desta vez seriam apenas 3 horas. Esta diferença faz com que a abordagem à prova seja completamente diferente, já que uma prova com 3 horas assemelha-se mais a uma prova de XC do que a uma prova de resistência pura. O ritmo que se impõe é muito mais forte pois a gestão é adequada à duração mais curta da prova.
Arrancámos bem cedo de Alcobaça, e, 15 minutos depois estávamos na sede dos Róódinhas, a Associação do Norte da Vila na Benedita. Arco de meta montado, pista delimitada, e ambiente ainda calmo foi o que encontrámos àquela hora. Depois dos afazeres de secretariado tratados, tempo para, invariavelmente, confraternizar com os amigos de sempre e outros que se vão fazendo nestas lides. Entretanto a hora da partida começava a aproximar-se e as conversas foram terminando, já que era tempo de tratar de vestir o equipamento, colocar dorsais, massajar as pernas com o creme de aquecimento, preparar bidons para levar na bicicleta e para o abastecimento, e outras coisas de última hora que aparecem sempre.
Tal como nos Pousos, dirigi-me tardiamente para a partida, tendo ficado bem na cauda do pelotão para o arranque. E eis que soa a buzina de partida, e mais uma vez a confusão de sempre. Logo no arranque começo a passar bastantes participantes, mas pouco depois entrávamos no primeiro singletrack do percurso, e aí não havia nada a fazer a não ser ir atrás dos outros atletas. Entretanto aparecia a primeira subida curta, onde deu para passar mais alguns adversários. De seguida fazíamos uma descida bastante rápida, mas que no final tinha uma curva à direita com um enorme rego na zona interior, o que obrigava novamente a ir em fila indiana. Tempo para mais uma subida, agora uma das duas que marcavam a prova por serem as mais duras pela inclinação, e, neste caso, também pela extensão, principalmente quando comparada às restantes que constavam do percurso. De seguida entrávamos numa zona de plano onde se dava bom uso às mudanças mais pesadas, uma zona onde se rolava acima dos 25km/h. Entrada em mais uma zona de singletrack, desta vez com uma primeira parte a subir, sempre com muitas curvas - uma zona bem divertida, com muita condução. A segunda parte era já a descer e dava acesso a um estradão onde se continuava a descer, atingindo-se velocidades bem interessantes! Antes de entrar numa pequena secção de alcatrão existia uma zona de lama com cerca de 3/4 metros de extensão onde havia que ter algum cuidado, já que entrávamos nela com a velocidade que traziamos da descida em estradão. Foi aqui que estive parado algum tempo passadas algumas voltas junto a uma participante feminina que caiu com alguma gravidade - os bombeiros chegaram entretanto e receio que existisse alguma fractura no ombro. De seguida continuava-se a descer em alcatrão - uma boa zona para descansar e absorver alguns líquidos e/ou sólidos. Nova entrada em todo o terreno para uma zona ligeiramente a subir em cima de uma laje um pouco incerta - nada que justificasse o uso de uma suspensão total - sempre feita em tripla ao longo de toda a prova, continuando depois por mais uns singles fabulosos, com muita condução. Mais uma pequena ligação em estrada e nova entrada em singles, estes com alguma (pouca) lama, a exigir um pouco mais de empenho e de desenvoltura técnica. Entrada na última zona de alcatrão da qual constava a segunda subida digna desse nome do percurso, neste caso não pela extensão, mas pela inclinação na sua parte final. Entrada na última zona antes da meta, e, mais uma vez, singletrack. Durante a segunda e terceira volta fui sempre dividindo o esforço com um outro atleta, mas durante um ligeiro abrandar de ritmo na passagem pelo abastecimento para troca de bidon ele adiantou-se ligeiramente, e nunca mais consegui recolar. Entretanto, começo a ver a atleta feminina que veio a terminar em primeiro lugar, que tinha partido bastante mais à frente, mas demoro bastante tempo a colar a ela, já que ela seguia com um ritmo bastante forte. Até à última volta fomos trocando de posições várias vezes, por norma eu passava sempre para a frente nas zonas mais técnicas, já que era mais rápido nessas zonas. Na entrada para a última volta senti que estava a quebrar, mas já não tinha mais nenhum gel. Ao passar na minha zona de assistência pedi um, mas tinham acabado. Logo aí apercebi-me que iria ter uma quebra de rendimento antes de terminar a última volta. Fui seguindo, impotente perante o abrandamento gradual que me ia afectando, mas tentando sempre perder o mínimo de tempo e andamento possível. Entretanto sou dobrado pelo meu colega de equipa Mauro Jorge a quem peço um gel. Felizmente ele tinha um e prontamente cedeu-mo. Ingeri rapidamente para que fizesse efeito o mais depressa possível. Pouco depois fui dobrado por outro colega, Sérgio Sacadura, que me incentivou à passagem. Desde já o meu obrigado! Não sei se foi disso, mas sei que até ao fim mantive sempre uma distância de cerca de 100 metros para ele.
Para a história fica o 51º lugar entre os 165 atletas que partiram.
Os meus parabéns a toda a estrutura Róódinhas que montou uma belíssima prova, tendo angariado elogios de todos os participantes com quem tive oportunidade de falar depois de terminadas as 3 horas. Não posso falar dos banhos (tinha que me esquecer dos chinelos...), mas que fantástico almoço!
Resta-me agradecer à Helena Lourenço, Suéli Lorvão e Carla Franco pela assistência prestada. Parabéns pelo excelente trabalho!
Até à próxima!
Boas pedaladas

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

02 - 01.02.2009 - Troféu Airbike: 6H Resistência Airbike (Pousos)

Olá,
desta vez venho descrever a minha primeira participação da época de 2009, as 6h de Resistência do Troféu Airbike, após a impossibilidade de participar no Raid de S. Martinho pelas condições atmosféricas extremamente adversas que se fizeram sentir no dia da prova.
A minha participação nesta primeira prova do Troféu Airbike 2009 começou no dia anterior à prova, tendo-me dirigido ao local da prova para fazer o reconhecimento do percurso e possíveis zonas de assistência. Chegado ao local, e após uma curta conversa com o staff da organização, fui dar uma volta ao percurso para ficar a conhecer o mesmo: zonas rolantes, subidas, descidas, zonas técnicas, zonas que se viessem a tornar impossíveis ou quase por causa da lama, já que o mau tempo já se prolongava há mais de 4 semanas. Desde logo tive a percepção de algumas zonas que seguramente iriam ficar muito complicadas com a passagem dos cerca de 170 atletas inscritos, ainda sem contar com as 6 horas de duração da prova. Para além disso, desde logo fiquei com a certeza que para terminar a prova seriam necessárias duas coisas: uma bicicleta bem afinada/ fiável e estar preparado psicologicamente para a tortura que facilmente se adivinhava. Este segundo aspecto tinha uma razão de ser adicional: pela minha experiência, e tendo em conta as condições do percurso, e a previsão de chuva para a altura em que a prova estaria a decorrer, era mais do que certo que iriam desistir muitos participantes, fosse por falta de vontade de andar à chuva/lama ou por falta de vontade de andar a estragar material, o que fazia com que a possibilidade de ficar ainda melhor classificado aumentasse muito.
No domingo acordei bem cedo, tomei um bom pequeno-almoço, preparei as poucas coisas que faltavam e fui para os Pousos. Fui dos primeiros a chegar, o que permitiu desde logo reservar um bom espaço não só para mim, como também para o resto da equipa. Como faltava muito tempo para a partida, foi uma boa oportunidade para pôr a conversa em dia com algumas pessoas que não via há muito tempo. Feito o "check-in", preparou-se a bicicleta e deu-se entrada da mesma no parque fechado. Tempo para algumas fotos de equipa com os restantes membros do Róódinhas/Santos Silva TMN, e entretanto era tempo de ir para a linha de meta. Como se tratava de uma prova de resistência longa, não tive muita pressa, e fui dos últimos a chegar, ficando assim na cauda do pelotão.
Partida! Para não variar a confusão habitual, e, também a vontade de partir a fundo. No entanto, isso seria uma má jogada, já que iria pedalar 6 horas, não 1, 2 ou 3. Desde logo fiquei impressionado com a rapidez a que o piso se estava a degradar, bem superior ao que tinha imaginado. Ainda na primeira volta havia zonas que estavam já praticamente impossíveis. Nada mais restava do que manter uma atitude positiva perante as adversidades para resistir o máximo e fazer o máximo de voltas nas 6 horas de prova. Começei a passar alguns atletas que arrancaram forte demais, continuei sempre a ganhar lugares durante toda a prova. Na primeira passagem pela meta recebi o bidon que não levei para a primeira volta, já que não achei necessário. Continuava a sentir-me muito bem, afinal o percurso tinha cerca de 10km. Continuou a correr tudo bem, sempre com muita motivação, muito boa disposição, enfim, a postura que eu queria para que tudo corresse pelo melhor. Algumas barras ingeridas, algumas embalagens de gel, muitos hidratos e sais fundamentais para o corpo continuar a funcionar bem. Já não sei em que volta, mas, com tanto gel ingerido comecei a ficar bastante indisposto, tendo de parar um pouco na zona de assistência para comer algo mais natural e que me ajudasse a melhorar. Algumas garfadas de massa e carne e melhorou-se um pouco. Entretanto, deu-se a chegada da tão anunciada chuva que caiu durante cerca de 15m. Felizmente o percurso era quase todo em zonas de mata, logo, proporcionava bastante abrigo. De tal forma que não se sentiu muito, e na passagem seguinte pela meta bastou trocar de camisola interior. As pernas sofreram um pouco mais, já que arrefeceram bastante com a chuva fria, o que me fez passar um bocado menos bom com ameaças de cãimbras, não pelo cansaço, mas por os músculos estarem tão tensos do frio. Abrandou-se um pouco o ritmo como consequência, mas entretanto as pernas voltaram a aquecer. Cada vez via menos gente no percurso, impressão essa que me era confirmada pelos vários elementos da organização espalhados ao longo do percurso - a minha previsão confirmava-se! O final aproximava-se, o corpo começava a falhar, os jogos psicológicos já eram mais que muitos, mas lá se foi continuando a luta. A presença de alguns amigos na zona de assistência nas últimas voltas foi uma preciosa ajuda - muito obrigado! À entrada da última volta o meu colega de equipa Sérgio estava parado na zona de assistência com um problema técnico: corrente partida. Ninguém estava a conseguir resolver o problema apesar de toda a boa vontade. 5 minutos depois estavamos ambos a arrancar para a última volta cheios de vontade! Foi uma aventura fazer as descidas nesta última volta, já que as pastilhas do meu travão traseiro já tinham chegado ao ferro o que resultava num efeito de abrandamento, não de travagem. Já perto da zona de meta para finalizar a prova ganharam-se mais algumas posições num último esforço. Cheguei muito desgastado, o que não é de estranhar pois estamos no início da época e a forma física ainda não está a 100%.
A posição final veio a confirmar que o meu raciocínio e planificação estavam ambos correctos: 37º lugar da classificação geral e 13º de veteranos A. Um resultado que me deixou bastante satisfeito, já que tinha estabelecido como objectivo entrar no top 50 para pontuar. Penso que representei a minha equipa de forma positiva, pontuando logo na primeira prova em que defendi as suas cores e patrocinadores.
Relativamente à organização, os meus parabéns. Depois de várias semanas de mau tempo conseguiram fazer um percurso que, apesar de se ter estragado bastante em 2 ou 3 pontos, se manteve na sua quase totalidade ciclável, embora bastante duro e com muito poucas zonas de descanso/recuperação. Para as zonas que se tornaram intransitáveis podem apostar em zonas alternativas como se faz num dos percursos da Taça do Mundo de XCO, e assim manter a qualidade e praticabilidade de todo o percurso. Relativamente aos banhos e lanche não me posso pronunciar, porque como moro perto escolhi recolher para o conforto do lar.
Muito obrigado às pessoas que me deram força ao longo das 6 horas e trataram do meu abastecimento: Helena Lourenço, Suéli Lorvão e Sr. Luis Mateus dos Róódinhas. Sem vocês teria sido infinitamente mais duro.
Obrigado também a outras pessoas que estiveram no circuito durante as 6 horas e tentaram sempre manter o espírito animado, volta após volta: Sr. Emídio Marrazes, Pedro Cunha e Rui Martins.
Um abraço ainda aos amigos que foram aparecendo ao longo da prova e me encorajaram a continuar sempre com a máxima força, mesmo quando a mesma começava a faltar.
Agora resta recuperar e continuar a treinar porque a próxima prova está a chegar: 3H Resistência Róódinhas na Benedita.
Até lá,
Boas pedaladas

sábado, 14 de fevereiro de 2009

01 - 25.01.2009 - Raid de S. Martinho do Porto

Boas!
Este Raid acontecia no dia seguinte à reunião com a minha nova equipa, num fim-de-semana marcado pelo mau tempo extremo, estando previsto um temporal para a hora e dia da prova. Nessa noite eu e a Helena fomos ficar a casa dos nossos amigos Sérgio e Su em Alcobaça, bem perto de S. Martinho. Após um serão bem agradável e sempre divertido, hora de dormir. Algures durante a madrugada acordei, não por falta de sono, mas sim com o barulho verdadeiramente impressionante do vento e da chuva/granizo. Parecia literalmente que estavam a querer arrombar a persiana do quarto! Adormeci novamente, para acordar pouco depois com o despertador à hora marcada. Encontrei-me com o Sérgio na cozinha para tomar o pequeno-almoço. No fim da refeição voltámos para os quartos, visto que o mau tempo continuava, sem dar qualquer sinal de vir a abrandar.
Mais tarde viémos a saber que pouca gente compareceu e que as condições não eram as melhores, com imenso vento a soprar, o que terá tornado o Raid um pouco perigoso, já que se passava no cimo de umas lindíssimas ravinas à beira mar, e muita chuva a partir de meio da prova.
Sem dúvida que tomámos a decisão acertada, ainda que fique sempre a sensação que era possível. Mas não.
Agora é continuar a treinar para a próxima prova: as 6h de Resistência do Troféu Airbike.
Até lá,
Boas pedaladas

sábado, 7 de fevereiro de 2009

A minha nova equipa: Róódinhas/Santos Silva TMN

Boas!
Em 2007, ano em que comecei a fazer alguma competição ao nível da Taça de Portugal de Maratonas (XCM), e porque nunca tinha feito competição antes, deparei-me com as dificuldades de que todos se queixam, o "budget" disponível para poder fazer todas as provas da Taça. Já se está a ver o que aconteceu: o orçamento acabou após as quatro primeiras provas.
Em 2008 não tive vontade de fazer competição, nem tão pouco tive disponibilidade para o fazer. No entanto, o "bichinho" ficou cá sempre, e, durante a recuperação da operação, ao ver as imagens do Tour, Vuelta, Campeonatos do Mundo, Jogos Olímpicos entre outras provas, a vontade foi voltando, e com mais força do que nunca. Já estava decidido a voltar a competir em 2009 enquanto individual, para fazer algumas provas, de preferência as que implicassem menos gastos. Em algumas conversas com o meu amigo Sérgio Sacadura (cuidado com ele, está a andar muito bem...) fui acompanhando todo o processo da sua entrada para a equipa Róódinhas/Santos Silva TMN da Benedita. Entretanto, juntamente com ele entrou um outro companheiro destas andanças, Mauro Jorge (outro grande atleta), e eis que surge a ideia: porque não juntar-me também aos Róódinhas? De início confesso que estava algo renitente, já que não sinto que esteja em grande forma, e se é para representar alguém, ainda que se dê sempre o melhor, espera-se que seja de forma minimamente satisfatória para ambas as partes. O Sérgio disse que ia falar com o sr. Luís Mateus, e quase sem dar por isso já estava numa reunião com todos os atletas da equipa a dizer quais as provas que queria fazer, se era para me federar, entre outros pormenores. Que rapidez! Tenho que salientar o excelente ambiente reinante nesse encontro que me fez sentir desde logo muito à vontade e bem recebido, e toda a disponibilidade, vontade e simpatia demonstrada pelo sr. Luís. Restou apenas levar um jersey da equipa para poder usar nas provas que se façam enquanto não chegarem os equipamentos novos.
Resta-me apenas agradecer ao meu amigo Sérgio pela ideia e pelos contactos desenvolvidos para saber se eu podia entrar para a equipa, e aos Róódinhas por me receberem na sua belíssima estrutura. Espero representá-los condignamente. Bem hajam!
Boas pedaladas

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

O início do novo blog, época e ano

Boas!
E assim começa... o novo blog, a nova época, enfim, um novo ano. 2008 não foi o melhor dos anos no que diz respeito ao ciclismo. Tudo corria bem até dia 27 de Julho, a forma estava cada vez melhor, a técnica também, os projectos "ciclísticos" planeados até então tinham sido concretizados (melhor classificação de sempre no PTG100, Travessia das Montanhas em autonomia), mas durante um passeio com alguns amigos tudo mudou: uma queda grave em Mira D'Aire resultou em três fracturas faciais não detectadas no hospital de Leiria, uma operação de mais de 3h30m, um mês e meio de baixa, muitos gastos (Muito Obrigado aos meus Pais) e algum (ok, bastante...) sofrimento e bastantes receios.
Felizmente somos seres em constante evolução, e temos de deixar as coisas más para trás. Não se trata de esquecer, mas aprender. Entretanto, voltou-se a treinar, e, passo a passo, volta-se a progredir no BTT - transpiro mais a descer do que a subir... mas com o tempo vai lá!!!
Com mais tempo apresentarei as minhas bicicletas, as impressões de condução sobre cada uma, fotos das mesmas, falarei dos meus planos para a época de 2009, e de muitas outras coisas.
Para já, considere-se o blog "ABERTO"!!!
Boas pedaladas