terça-feira, 28 de abril de 2009

06 - 22.03.2009 - Troféu Airbike: Maratona do Centro (Pousos)

E uma semana depois, eis que chega a hora de lutar contra o relógio! Como a prova era "em casa" pude dormir bem, acordar com tempo de fazer tudo com calma. Lá fomos para a prova, dorsal na bike, linha de partida. Tempo para as habituais conversas com o pessoal conhecido, enquanto esperávamos a hora certa. Por fim lá chegou o momento esperado: Partida! Lá se lançou a multidão pelo alcatrão, alongando-se o pelotão descida abaixo numa situação algo arriscada, mas (infelizmente) necessária. Fui passando alguns atletas, até que entrámos em terra. Antes de chegar à primeira zona de abastecimento a entrada na Pia do Urso (aconselho a visita, muito bem preservada, típica localidade da Serra) revelou-se algo complicada para alguns já que se fazia por uma subida bem inclinada com pedra solta. Nada de parar no primeiro abastecimento, já que levava a minha alimentação e hidratação comigo. Mais alguns trilhos bem giros, um belo single, passagem por um parque eólico, e mais uns trilhos bem giros. Marcações impecáveis, como é habitual neste organizador. Seguia com o meu amigo Zé Manel, quando encontramos o meu colega de equipa e amigo Sérgio furado. Parei para o ajudar, cedendo uma câmara de ar e ajudando a reparar o furo. Perdemos bastante tempo, cerca de 10 minutos entre montar, desmontar e dar à bomba. Fomos juntos durante algum tempo, até encontrar outro concorrente furado, que por não ter material consigo ia ter de seguir a pé. Mais uma vez parei para ajudar, desta vez para ligar à organização a explicar onde estávamos e onde o poderiam apanhar - mais 5 minutos perdidos... Lá tentei recuperar o andamento, embora os objectivos iniciais já não fossem ser atingidos: fazer o melhor possível, de preferência abaixo das 4h30m, já que me sentia bastante melhor do que na semana anterior durante os reconhecimentos. Mais uns caminhos interessantes, agora mais rolantes, com menos pedra. Segui durante bastante tempo com um amigo de longa data destas andanças, Nuno Machado que acompanhava um amigo durante a prova. Como parei apenas por breves momentos no último abastecimento, desta vez dado pela Helena e pela nossa amiga Su, fiquei sem a companhia dos mesmos. Mas, eis que após a subida que sucedia a zona de abastecimento encontro novamente o Sérgio, desta vez com uma avaria mais complicada e demorada: corrente metida entre a cassete e os raios, desviador traseiro torcido com roldanas completamente tortas! Esta paragem foi ainda mais longa, havia que descravar a corrente, e com muito jeito e calma tirá-la de entre a cassete e raios. Lá conseguimos, o Sérgio voltou para trás para pôr a bicicleta em cima do carro e ir para a meta, e eu arranquei, novamente. De facto não foi um bom dia para ambos: ele estragou material e desistiu, e eu perdi quase 30 minutos nas ajudas dadas. Restava a zona mais divertida da maratona, a grande descida por trás da Sra. do Monte e os trilhos técnicos da Curvachia. Mais uns kms finais e acabei com o tempo de 4h51m no 181º lugar da classificação geral... Péssimo, mas segui os meus princípios ao ajudar quem precisava. Esta noite durmo tranquilo, apenas com um travo amargo na boca... Para a próxima será melhor!
Até lá,
Boas pedaladas!

sábado, 18 de abril de 2009

05 - 15.03.2009 - GEAPRO Mountain-X Bike (Turcifal)

Tratava-se da primeira prova verdadeiramente de XC da época. Estava com bastante vontade de a fazer, já que parte do percurso já me era conhecida e sabia que seria um excelente treino, principalmente de subidas. No entanto, em conversa com um conhecido no ginásio fiquei a saber que no mesmo dia a AIRBIKE iria fazer o reconhecimento final da Maratona do Centro, o que desde logo me despertou a atenção, para além do que seria uma maneira de ficar por casa um fim de semana, o que já não acontecia há algum tempo. Depois de falar com o Alexandre da AIRBIKE, ficou tudo marcado para as 7 da manhã nos Pousos, local do arranque da edição de 2009. Foi um excelente treino, ainda para mais porque fui com o grupo mais rápido (obrigado pelo aviso, Alex!!!), embora não me tenha sentido muito bem fisicamente. Ao fim de 5 horas estavamos de volta de um circuito mais duro que no ano anterior por haver mais pedra, mas mais suave (para mim, pelo menos) em termos de subidas, já que praticamente só havia subidas curtas. Esperemos que para a semana as coisas corram melhor fisicamente.
Até lá, boas pedaladas!

quinta-feira, 16 de abril de 2009

04 - 21 e 22.02.2009 - Travessia da N. Srª da Peneda - 2º dia

Eis que nasce um novo dia, e que se esperava ainda melhor que o primeiro! Com a promessa de um final em calçada romana, técnica, provavelmente molhada e a descer (e eu sei que sim, já que fui eu que a reconheci há uns anos...), um começo com um single bem engraçado e uma calçada impossível a subir para uma aldeia, e paisagens ainda mais estonteantes que no primeiro dia, o sucesso era mais que garantido.
Depois de todos termos tomado um belo pequeno-almoço, hora de arrancar! Começámos por alcatrão durante algum tempo, passando por um lugar extremamente pitoresco (é mesmo um lugar, bem mais pequeno do que uma aldeia!) onde o cruzamento de dois carros de bois é impossível, quanto mais dois automóveis... Pouco depois saída à direita, e eis que estávamos num singletrack a acompanhar um curso de água. Bem no meio do caminho existe um rego longitudinal, que se encontrava escondido por folhas secas, e um dos participantes não o viu e deu em queda. Nada de grave, mas valeu umas valentes dores num joelho - felizmente alguns minutos depois estava tudo esquecido. Como estávamos a chegar à tal calçada impossível, lancei o desafio a quem não a conhecia, mas mais uma vez revelou-se intransponível. Lá seguimos em fila, a empurrar as bicicletas e a conversar. Começava agora a primeira subida longa do dia, que apesar de ser feita por alçatrão, era muito inclinada no início, ainda dentro da aldeia e a sair da mesma. O grupo foi-se fragmentando, seguindo cada grupo ao seu ritmo, sempre acompanhados pelo magnífico maciço granítico à nossa direita - que vista impressionante. Chegados ao cimo, depois de uma passagem por uma florestal, paragem para o primeiro abastecimento. Com as forças retemperadas voltámos à carga, e agora para entrar em terra, com uma pendente ascendente muito pronunciada, com um mar de pedra solta no início, inclinando ainda mais após essa secção - um verdadeiro manjar para quem é apreciador destes desafios, a pôr todos a arfar e a fazer sentir a altitude a que já nos encontrávamos: acima dos 1200m. Depois de toda esta subida, tinha de vir uma descida, que por sinal é bem divertida com a velocidade que se consegue alcançar, e algo trepidante já que se apanha alguma pedra. Tempo para uma paragem para tirar algumas fotos do bonito vale que se estendia à nossa esquerda, falar de pequenas zonas com neve que havíamos apanhado no início da descida, e seguimos, embora daqui para a frente fosse em estradão largo, quase estrada. Muita velocidade, muito embalo, tanto que passámos o corte para um single muito divertido e tivemos de voltar atrás - felizmente apenas alguns metros. Depois desse single, que vai desembocar numa branda, entrámos em estrada novamente, tendo encontrado novo abastecimento antes de o alcatrão empinar novamente. Mais um pouco de conversa e diversão, grupo reagrupado, e arrancámos. Continuámos por alcatrão durante algum tempo, em bom ritmo, sempre a subir, desta vez com inclinações mais simpáticas. O grupo foi alongando, tendo-se formado uma única fila, tal como se vê nas provas de estrada quando o ritmo já vai muito rápido. Era fácil de perceber quem está habituado a treinar em estrada, e principalmente em grupo. Não era o caso do companheiro que vinha atrás de mim, que não reparou que os que iam à frente abrandaram um pouco o ritmo, e ele começou a roçar com o pneu dele da frente na minha roda traseira. O resultado foi uma queda aparatosa dele, felizmente sem consequências. Repostos do episódio, entrámos novamente em terra, para continuar a subir, agora numa zona um pouco mais árida, embelezada por cavalos selvagens que pastavam por aquelas zonas. Um pouco de plano, mais uns amontoados de neve (e mais umas fotos, claro!), e aproximávamo-nos bem depressa do local de almoço: Castro Laboreiro. Tempo para uma curta descida, passagem por uma aldeia, e breves momentos depois, almoço. Este constava de uma belíssima sopa, e gastronomia típica, o que quer dizer que sabia tudo muito bem, mas não era nada apropriada a quem ainda ia continuar durante mais alguns kms a pedalar. Mas soube tão bem a todos!!!
Para a fase final do dia estava reservada a parte mais divertida e mais técnica da travessia: as calçadas romanas e caminhos pedestres, já na Galiza. Com o sobe e desce que se fez em alcatrão até chegar a essa zona, o grupo acabou por se dividir em dois, ficando eu a acompanhar o da frente, o que me deu um grande prazer, visto que já há bastante tempo que vinha a gabar os trilhos que iríamos agora percorrer a alguns dos elementos que integravam este grupo. E foi sensacional! Todos adorámos, ainda que a primeira metade desses kms (sim, leram bem, kms) exija bastante atenção por causa da pedra muito irregular e molhada. Com algumas paragens pelo meio para comentar as sensações vividas, foi para mim extremamente recompensador ver tantos sorrisos à minha volta: as expectativas criadas tinham sido superadas! A segunda metade destes fantásticos trilhos, ainda que técnica, já não era tão arriscada, o que fez com que velocidade aumentasse um pouco mais, e fez com que a nossa diversão acabasse mais depressa - estávamos às portas de Entrimo de onde havíamos partido no dia anterior.
Pela minha parte, as saudades já se faziam sentir e ainda estava a sair de cima da bicicleta, mas nada dura para sempre... Para o ano há mais!
Resta-me deixar aqui o link para as fotos deste dia, que são em menor quantidade, mas penso que seja compreensível... estávamos a divertir-nos tanto que não nos lembrámos de parar para fotografar!!!
Abraço